Assédio Espiritual
No que diz respeito ao problema das obsessões espirituais, o paciente é, também, o agente da própria cura. (Manoel Philomeno de Miranda – Livro 'Grilhões Partidos')
Para a maioria das pessoas, o assédio espiritual, como enfermidade da alma, é algo bastante longínquo, distante de sua realidade. Mas, por quê?
Porque o assédio espiritual costuma ser tão sutil a ponto de não ser percebido pelo assediado. Aproveitando-se de seu estado de invisibilidade, o ser obsessor desencarnado (desafeto do paciente, hoje seu algoz, na verdade, foi vítima do paciente no passado, pois foi prejudicado por ele) é movido a ódio e desejo de vingança, e se utiliza de todos os recursos possíveis e inimagináveis aos olhos de um encarnado para prejudicá-lo, tirando até mesmo a vida do paciente.
Portanto, o assédio espiritual ocasiona sérios danos psíquicos, espirituais e orgânicos ao assediado. Surgem, assim, distúrbios variados, difíceis de serem diagnosticados com precisão pelos médicos e que se refletem no corpo físico, evoluindo com febres, inflamações, dores e outros sintomas físicos, confundindo o raciocínio do clínico e, com isso, dificultando um tratamento eficaz.
O assédio espiritual pode ainda levar à o paciente à loucura (esquizofrenia), epilepsia, vícios em geral, ou mesmo ao suicídio. Sem dúvida alguma, o assédio espiritual, como enfermidade da alma, é um dos grandes flagelos da humanidade e vem de longa data.
Na Bíblia, o Novo Testamento menciona essa enfermidade da alma: Percorria Jesus toda a Galiléia ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda a fonte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama corria por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoniados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou. (Mateus, 4:23-24).
Em inúmeros casos atendidos em consultório a causa dos problemas dos pacientes é, em sua maioria, de origem espiritual; isto é, há uma interferência espiritual obsessora provocando ou agravando os sintomas. Em 95% dos casos atendidos, se a causa espiritual (assédio espiritual) não for o fator determinante do problema do paciente, é, sem dúvida alguma, um fator agravante, e apenas em 5% a causa é puramente psicológica, não havendo, portanto, nenhuma interferência espiritual obsessora na gênese de seu problema. Portanto, esse percentual altíssimo de 95% de interferência obsessora gerando os problemas dos pacientes, merece que o assédio espiritual, como doença da alma, seja estudado pelos profissionais da área de saúde (médicos, psiquiatras e psicólogos) de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida dos enfermos. (Dados coletados pelo terapeuta Osvaldo Shimoda)
Embora, desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconheça oficialmente essa enfermidade da alma, que passou a ser denominada na medicina como possessão e estado de transe e inserida em seu Código Internacional de Doenças (CID 10, item F.44.3 - Estado de transe e possessão), lamentavelmente o que se percebe na prática é que nos consultórios, hospitais e ambulatórios, muitos profissionais ainda ignoram ou desqualificam a existência dessa grave enfermidade da alma, seja por desconhecimento (não levam em consideração a diferença entre um distúrbio mediúnico e um distúrbio físico e/ou psiquiátrico propriamente dito), ou mesmo por preconceito, incredulidade, fruto de sua formação acadêmica organicista, materialista, vendo o ser humano apenas sob o ponto de vista biológico, psicológico e social, desconsiderando o aspecto espiritual do paciente.
Além desses fatores, o assédio espiritual é também uma das doenças mais difíceis de serem tratadas pela sua sutileza - já mencionada no início desse texto -, a ponto de não ser percebido pela maioria dos médicos e pacientes.
Na prática clínica, o paciente apresenta um humor muito instável, ou seja, muda subitamente e com frequência de estado de espírito, sem uma causa que justifique.
E mais:
- sente constantemente calafrios, arrepios ou mesmo dormência em algumas partes de seu corpo, pressão na cabeça;
- medo de dormir no escuro, insônia;
- insatisfação constante, choro fácil, irritabilidade sem causa aparente;
- pensamentos negativistas, vontade de morrer;
- sente medos, não dorme direito, sofre pesadelos constantes, tem a vida bloqueada, problemas físicos e quando vai ao médico, faz todos os exames necessários e não encontra nenhuma causa orgânica...
Se tudo, ou um pouco de tudo isso, estiver acontecendo com o paciente (obviamente, é preciso levar em consideração que cada caso é um caso, como se diz no jargão médico, pois nem sempre esse quadro clínico representa um assédio espiritual), são fortes indícios de que o mesmo pode estar sendo assediado espiritualmente.
Edição de texto retirado do site de Osvaldo Shimoda.
Para ler o texto na íntegra – CLIQUE AQUI.
Para saber mais sobre obsessão – CLIQUE AQUI.