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Abordaremos aqui temas especialmente relacionados ao 'Magnetismo Animal', suas aplicações aos métodos de cura e sua ligação com a Doutrina Espírita, entre outros temas afins.

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MAGNETIZAÇÃO ESPIRITUAL



Sob o título “Cura de uma Fratura por Magnetização Espiritual”, Allan Kardec publicou em setembro de 1865, na Revista Espírita, uma matéria relatando um caso de cura espiritual de uma fratura sofrida no antebraço pela Sra. Maurel.

Vamos ao resumo do ocorrido, remetendo o leitor à Revista Espírita, a fim de que leia a história na íntegra.

No dia 26 de maio daquele ano a Sra. Maurel que era médium vidente e psicógrafa mecânica, caiu vindo a fraturar o antebraço direito com distenções no punho e cotovelo. É, a partir daí, alvo da ação dos Bons Espíritos, dentre eles o Dr. Demeure, que a curaram, através do magnetismo espiritual, de orientações, de fricções e manipulações do membro, em apenas nove dias, coisa verdadeiramente impressionante, mais ainda, pela completa soldadura do osso quebrado.

Desde o primeiro dia até o último que fora designado pelos Espíritos, a Sra. Maurel foi sendo atendida e cada vez que o médico espiritual mexia no seu braço, ela soltava gritos de dor como se estivesse sendo examinada por um médico encarnado.

Participou de todo o processo um grupo de amigos encarnados, solicitados pelos Espíritos, além de um magnetizador que colocava a médium em estado sonambúlico, através do qual ela percebia todos os movimentos dos Espíritos, relatando-os para os presentes.

No último dia do tratamento, estavam presentes trinta Espíritos que a felicitavam e lhe incentivavam ao bem. Ao término, a médium testou de todas as formas o seu membro, comprovando que realmente estava curada e em tempo recorde para a medicina humana.”

Destacamos do relato acima dois pontos dos quais iremos tratar: o modo de ação dos Espíritos e a rapidez da cura.

Um magnetizador agiria focando a sua atenção e dirigindo os seus fluidos para o ponto que quer atingir, atuando, através dos seus fluidos e das técnicas magnéticas, sobre o organismo que necessita de reparo. Segundo Kardec, o Espírito age da mesma forma que o magnetizador humano: “sua ação fluídica se transmite de perispírito a perispírito, e deste para o corpo material. O estado de sonambulismo facilita consideravelmente essa ação, em consequência do desligamento do perispírito, que se identifica melhor com a natureza fluídica do Espírito, e sofre então a influência espiritual elevada à sua maior força”.
 
No caso citado, os Espíritos não dispensaram o auxílio das energias humanas visto que eles mesmos solicitaram a presença de um grupo de encarnados que pudessem formar uma espécie de corrente magnética, a qual forneceria material fluídico para a ação curativa. Estes fluidos doados pelos presentes encarnados seriam utilizados pelos Espíritos que, manipulando-os ou misturando-os aos seus, lhes propiciariam as necessárias modificações sugeridas pelo caso do momento.

Os Espíritos utilizaram ainda os recursos de um magnetizador que, além de levar a paciente ao estado de sonambulismo, o qual facilitou a ação espiritual, como vimos acima, estando “sua mão direita, apoiada sobre a espádua da sonâmbula, contribuía com sua parte no fenômeno, pela emissão dos fluidos necessários à sua realização”.

Poderiam os Espíritos agir sozinhos, sem a participação magnética de um encarnado? Poderiam, sim. Mas isto é a exceção à regra, visto que os fluidos animalizados são mais compatíveis com as necessidades de um órgão físico.

Falta-nos analisar a questão da rapidez da cura. Se o tratamento fosse executado por um magnetizador, ele teria sido, provavelmente, mais lento. A capacidade de influenciar o campo vital de alguém, os fluidos vitais a possuem em escala muito menor que os fluidos dos Espíritos bons. A sutilidade dos fluidos destes últimos lhes dá um poder de transformação e de penetração capaz de operar curas de forma imediata ou em prazos bastante curtos, de acordo com a sua elevação.

Já os nossos fluidos densos operam com lentidão, necessitando de um verdadeiro tratamento, mais ou menos longo, metódico e continuado.

O fluido humano sendo menos ativo, exige uma magnetização prolongada e um verdadeiro tratamento, às vezes, muito longo... O fluido espiritual, mais poderoso em razão de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e, frequentemente, quase instantâneos”, escreveu Kardec em outro artigo da mesma Revista.

Existe então, na realidade, esta gradação nos efeitos de acordo com o potencial fluídico, a origem do fluido e a sua maior ou menor qualidade. Esta última depende diretamente do nosso estado de saúde física e emocional, além do nosso padrão moral, colocando-se em primeira linha a humildade e o desinteresse.


Por: Adilson Mota
Texto presente no 'Jornal Vórtice' – Novembro/2008.
Para receber o jornal, entre em contato através do e-mail jvortice@gmail.com


Da sensibilidade magnética



Há doentes sobre os quais se atua em dois ou três minutos; em outros é necessário muitos dias e em alguns muitos meses. (Koreff, Deleuze)

Há doentes nos quais os efeitos vão sempre aumentando; outros que sentem desde o primeiro dia tudo quanto experimentaram no decurso de um longo tratamento; outros, finalmente, que, depois de manifestarem sintomas notáveis, cessam de manifestar de repente a menor impressão. (Mesmer, Deleuze, Aubin Gauthier)


A magnetização produz efeitos puramente físicos; o doente cuja mão seguramos na posição da relação por contato experimenta geralmente os efeitos seguintes: umidade na palma das mãos, titilações nos dedos, formigamentos; a sensação encaminha-se às vezes aos braços, aos ombros até a cabeça, ou vai atacar o epigástrio, e há então irradiação por todo o corpo, que determina leves calafrios, bocejos, aos quais sucede a dormência dos membros e do cérebro. Em uns, o pulso diminui, o rosto empalidece, as pálpebras oscilam e fecham-se, os queixos e os membros se contraem, há sensação de frio; em outros, o pulso se acelera, sobem ao rosto fugachos que o avermelham, o olhar aviva-se, há transpiração, acessos de riso ou pranto.

Quando estes efeitos parecem querer acentuar-se, podemos, se se tem em vista obter-se o sono magnético, prolongar a ação que os determina; mas se não quisermos o sono (o que deve ser o caso mais habitual, por isso que ele não é necessário ao tratamento) apressemo-nos em romper a relação abandonando as mãos do sonâmbulo e fazendo-lhe alguns passes à distância.

Acontece frequentemente que o magnetismo restabelece a harmonia das funções de que acabamos de falar, isto é: tendência à transpiração, sensação de frio ou de calor, espasmos, movimentos musculares, contrações, dormência, displicência, formigamentos, bocejos etc.; e só o percebemos ao efeito produzido pela melhora da saúde.

O magnetismo nem sempre se manifesta, pois, por efeitos que anunciam a sua ação; e procederia mal quem desanimasse muito depressa, ou declarasse que o magnetismo é impotente só porque ao cabo de oito ou quinze dias, algumas vezes dois meses ou mais, não tivesse produzido nenhum efeito aparente. (Deleuze, Koreff, Aubin Gauthier)

As pessoas que parecem mais rapidamente sensíveis à ação magnética são as que levam uma vida simples e frugal, que não são agitadas pelas paixões, que não abusaram dos narcóticos e dos minerais, e que não fazem uso imoderado dos perfumes de toucador. Os hábitos da alta sociedade, a vida agitada da política e dos negócios, as preocupações morais, o abuso dos anestésicos e dos narcóticos, os excessos da mesa e das bebidas alcoólicas ou fermentadas, diminuem cada vez mais a receptividade magnética; é por isso que os campônios que vivem com toda a simplicidade e ao ar livre, sem terem habitualmente recorrido às excitações artificiais dos prazeres da cidade e da terapêutica moderna, têm mais probabilidade de sentir com maior facilidade e rapidez que os outros os efeitos da ação magnética, no entanto que os alcoólatras e os morfinomaníacos são quase insensíveis. Nas crianças em quem o movimento natural não é ainda contrariado pelos maus hábitos de uma vida mal regulada, a ação magnética é mais notável, mais pronta e salutar que entre as pessoas adultas; e o mesmo se dá com os animais. As crianças e os animais são geralmente muito sensíveis ao magnetismo, e obtém-se sobre eles curas muito rápidas.

É preconceito acreditar-se que as pessoas de compleição delicada ou enfraquecidas pelas moléstias crônicas são mais sensíveis que as outras; geralmente, não são os indivíduos edemaciados ou de temperamento nervoso que dão mais depressa indícios de sensibilidade magnética; pelo contrário, são antes as naturezas enérgicas e vivazes que melhor correspondem aos movimentos de reação que se procura produzir pela magnetização.

Há igualmente uma opinião segundo a qual a sensibilidade magnética e, consecutivamente, o efeito curador dependem sobretudo de certas analogias de relação entre o magnetizador e o paciente; é evidente que se deve levar em conta influências que resultam dos caracteres, dos temperamentos e dos meios: os climas, as estações, o regime, os hábitos, a idiossincrasia têm efeitos incontestáveis num tratamento, e é muito admissível que certas pessoas sejam mais aptas que outras para produzirem certos efeitos e curarem determinadas moléstias. Não é duvidoso que os corpos são mais ou menos condutores das correntes, e por conseguinte, mais ou menos radiantes; que as trocas magnéticas entre os corpos variam portanto até ao infinito, mas isto é uma questão de mais ou menos em que não devemos deter-nos por muito tempo.

Em tese, todos os doentes são sensíveis à ação magnética, e o são mais ou menos rapidamente; quando não se é bem sucedido, provém isto de mais uma falta de perseverança no tratamento ou da gravidade da desordem produzida no organismo por uma moléstia antiga, do que de qualquer outra coisa.

Na maior parte dos indivíduos nervosos e nas moléstias que mais especialmente afetam o sistema nervoso, onde a prostração e a anemia alternam com uma grande superexcitabilidade, o magnetismo atua na maioria dos casos, sem produzir efeitos aparentes; e se, às vezes, com o correr do tempo, o magnetismo consegue triunfar dessas perturbações profundas da enervação, acontece frequentemente que se obtém a produção de fenômenos singulares que não são sempre seguidos dos resultados curativos que dele se espera. Em suma, seria erro acreditar-se que as afecções nervosas caem, mais especialmente que as demais moléstias, sob a competência do magnetismo; a ideia falsa que se fez e ainda se faz do papel fisiológico do magnetismo e de seus efeitos curadores contribui grandemente para entreter este preconceito, que a observação e a experiência deveriam ter há muito tempo desarraigado.

Do livro: “Magnetismo Curador” (Cap. XVIII)
Autor: Alphonse Bue

Estudando o Magnetismo – Parte 6/6




Linhas de Força

Linhas de Força são as que partem de um pólo, atingindo o seu contrário. Um grupo de linhas de força forma um tubo de força. A reunião total das linhas de força, forma o espectro magnético.


Espectro magnético

Conhecemos, na prática, o espectro das linhas de força do campo magnético de um ímã, colocando-o debaixo de uma folha de papel, sobre a qual espalhamos limalha de ferro. Os pequenos pedaços se imantam, e cada um deles se torna um imã. O pólo norte de cada um desses pequenos ímãs é atraído, pelo pólo sul vizinho, de modo que se formam verdadeiras cadeias de ímãs. Essas cadeias se dispõem no papel exatamente ao longo das linhas de força. A essa figura chamamos “espectro magnético”.

Esse é o motivo por que um sofredor, atraído a uma sessão, traz automaticamente consigo muitos outros do mesmo timbre magnético (que sofrem dos mesmos males). E por isso basta atender a um que esteja incorporado, para que todos os outros, que se acham dispostos na mesma linha de força, sejam beneficiados, porque recebem os mesmos influxos magnéticos que o incorporado.

Pelo espectro magnético compreendemos por que Jesus afirmou que ninguém é bom, a não ser o UM, que é Deus” (Lucas 18:19). Com efeito, enquanto mergulhados na personalidade, no plano da forma, do espaço e do tempo, todos temos os dois polos em nós, o positivo (espiritual-Deus) e o negativo (material-“satânico”). E por isso, até o próprio Mestre protestou: “por que me chamais bom”? (id. ib.).

Só quando tivermos abandonado totalmente esta dimensão da matéria, é que poderemos viver integralmente no polo positivo, onde não haja mistura nem influência do polo negativo.

Por isso também percebemos por que muitas pessoas, embora se julguem boas (e isso já é prova evidentíssima de que o não são, por causa da imensa vaidade, pois nem Jesus se julgou tal) sofrem consequências tristes e até desastrosas.

Explicam alguns que o mal só atinge a quem com ele sintoniza, e que nenhum trabalho de magia alcança os bons; e se por acaso algum “pegou”, é que a vítima “deu uma brecha”.

Esquecem que todos temos o polo negativo, pelo qual facilmente podem penetrar vibrações baixas. Daí o aviso explícito e reiterado de Jesus (Mateus 26:41): “vigiai e orai, para não serdes experimentados, porque o Espírito (o positivo) está pronto, mas a carne é fraca (o polo negativo, ou seja, “satanás”)”.

Ainda pelo espectro magnético compreendemos o que significa a luta interna que ruge dentro de cada homem, entre o bem (positivo) e o mal (negativo), um sempre influenciando o outro: o bem influindo para que o mal melhore, e o mal influindo para que o bem não seja total. Essa luta foi personificada simbolicamente no anjo e no diabo que todos temos em nós mesmos.

Esse espectro demarca o campo magnético total do ímã, e forma uma indução ou fluxo magnético que impregna o ambiente. Isso explica a razão por que, numa casa em que todos se dedicam ao bem e vivem no pplo positivo, o ambiente é tranquilo, agradável, leve, limpo. Mas se os elementos são queixosos, irascivos, doentios, o ambiente se torna pesado, irrespirável, irritando a todos os que nele penetram. Daí a necessidade de não se alimentarem pensamentos negativos, para que o ambiente se não carregue de fluidos magnéticos pesados.

Também aí encontramos a razão de certas pessoas, ao se chegarem a nós irradiarem paz e outras nos trazerem desassossego à simples presença: é o magnetismo de que estão carregados, positivo ou negativo.

E mais ainda: aí reside a razão de as pessoas gostarem de sentar-se sempre nos mesmos lugares. Cada um deixa impregnado com o próprio magnetismo o “seu canto”, pela constância e insistência de sua presença, e portanto aí se sente melhor que em qualquer outro lugar. Se acaso é obrigado a mudar de lugar à mesa, fica irrequieto, como “peixe fora d'água”.

Muitas coisas podem ser explicadas na vida prática, quando se conhecem as leis de magnetismo, sabendo-as aplicar às criaturas.


Do livro “Técnica da Mediunidade” - Carlos Torres Pastorino

OBS.: O livro do qual retiramos o presente estudo não é mais publicado, estando disponível para download no site 'Autores Espíritas Clássicos'. Para acessar: CLIQUE AQUI.

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Estudando o Magnetismo – Parte 5/6



Campo Magnético

Campo Magnético - Assim denominamos a região que envolva a massa magnética, e dentro da qual esta consegue exercer ações magnéticas. Consideremos, todavia, que é lei fundamental que todo e qualquer ímã possui sempre dois polos (+ e -) e somente dois polos, e um sempre exerce influência sobre o outro. Mas, teori-camente considerados em separado, poderíamos traçar um campo magnético próprio a cada pólo, para observar as propriedades de cada campo separadamente.

Também cada criatura humana possui dois polos, cada um dos quais cria um “campo magnético” que atrai ou repele formas-pensamento, elementais e espíritos, encarnados ou, desencarnados, desde que penetrem no campo.


Propriedades do Campo

1) Imantação sucessiva.

Desde que Tales de Mileto (640 - 546 A. C.) falou das propriedades do magneto natural, é sabido (e Platão, no “Ion”, faz Sócrates descrever essa propriedade) que, se a um ímã encostarmos uma argola (ou prego) esta fica pendurada, mas por sua vez passa a segurar uma segunda, a segunda uma terceira e assim por diante, imantando-se sucessivamente enquanto permanecem no campo magnético do ímã.

Isso ocorre com frequência em todos os setores humanos, sejam comerciais, industriais, artísticos, e também nos círculos espiritualistas. Assim, um “líder” espiritual atrai a seu campo magnético um grupo de discípulos e, enquanto estes lhe estão ao lado, vão estendendo a influência do líder a outras criaturas; mas só o conseguirão enquanto estiverem nesse campo, pois perdem o magnetismo ao se afastarem. Note-se que esse magnetismo pode ser usado tanto para o bem como para o mal.

Vemos também que espíritos ditos “guias” do líder, passam a interessar-se pelos componentes do grupo, acompanhando-os, porque estão no mesmo campo magnético.

Mas também aí vemos o perigo de alguém aproximar-se de uma pessoa com tendência para o mal: entrando-lhe no campo magnético, seus acompanhantes passam a influenciá-lo.

Perigo outrossim dos contatos “íntimos” com pessoas desconhecidas: recebemos-lhes todas as influências maléficas que as envolvem.

2) A “força magnética”.

Quanto maior a intensidade da “massa magnética”, tanto maiores a força e a extensão do “campo magnético”. Assim verificamos que, quanto maior a capacidade mediúnica, tanto maiores serão a força (de atração ou repulsão) e a extensão (ou raio de ação) dessa força.

Por isso muitos médiuns (que o vulgo apelida de “mata-borrão) atraem tudo o que existe no ambiente em que se encontram ou por que passam, e de lá saem “carregados”. Por onde andam, vão atraindo a “limalha de ferro” que há no caminho.

Daí, quanto maior a força magnética, maior facilidade em atrair espíritos (encarnados ou desencarnados) que caiam sob seu campo magnético.

Nas sessões é comum assistirmos à entrada brusca de um obsessor, protestando que não queria vir, mas que “foi trazido à força e com violência e rapidez”. Simples fenômeno de atração magnética exercida pelo aparelho mediúnico, por meio da força-pensamento (ou dos “mentores” em seu lugar).

Daí, ainda, quando o espírito está “incorporado” e quer sair: se a força magnética do médium é maior que a dele, ele não no consegue, por mais que se esforce para isso.

3) O quociente da força pela massa é uma grandeza vetorial constante em módulo, direção e sentido, para determinado ponto.

Isso explica por que aqueles que fixam esse “determinado ponto” em situações elevadas espiritualmente tendem continuamente, numa “grandeza vetorial” constante em modulo, direção e sentido para o bem, para a ligação com as Forças Positivas (prece), para o amor.

Ao passo que os que o fixam em zonas baixas, apresentam constantes tendências para a irritação, para a raiva, para o ódio, para o mal.

A fixação elevada reside na individualidade, no Cristo Interno, e por isso disse Paulo “tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8:28); pois já antes explicara: “os que são segundo a carne, põem sua mente nas coisas da carne, mas os que são segundo o Espírito, põem sua mente nas coisas do Espírito: a mente da carne é morte, mas a mente do Espírito é Vida e Paz” (8:5-6).

E não é necessária grande evolução para obter-se isso. Seja a massa magnética grande ou pequena, a força magnética a acompanha sempre proporcionalmente, e portanto “o quociente de um pelo outro é uma constante vetorial”, que aparecerá em qualquer ponto evolutivo em que se encontre a criatura.


Do livro “Técnica da Mediunidade” - Carlos Torres Pastorino


 

Estudando o Magnetismo – Parte 4/6



Massa Magnética

Para facilitar o estudo, criaram os físicos uma convenção a que denominaram “massa magnética”, que corresponde a “um ponto ideal, onde se reuniria toda a região magnética puntiforme”. Convencionou-se ainda que duas massas magnéticas: ou são iguais, ou uma é o múltiplo da outra.

Há duas leis (análogas às que regem as cargas elétricas puntiformes) a que obedecem a atração e a repulsão - Entre duas massas magnéticas puntiformes, isto é, entre as forças positiva e negativa (separadas pela região neutra):

1ª lei: A intensidade da força de atração ou repulsão é proporcional ao produto de cada uma das massas magnéticas.

2ª lei: A intensidade da força de atração ou repulsão é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas.

Essas duas leis valem também para os planos etérico e astral (como para todos os outros, porque as grandes leis da natureza vigem em qualquer plano). Encontramos de imediato três aplicações práticas: nos passes (A), nas obsessões (B) e nas “incorporações” (C):

A) Passes: Nos passes magnéticos a maior intensidade de uma corrente fluídica vai depender da diferença das massas magnéticas do doador e de paciente. Assim, um indivíduo fraco (FM = 2) ao receber passes de outro forte (FM = 10), terá carga de intensidade 8. Observe-se que um é sempre múltiplo do outro. Daí um mais fraco não dever dar passes magnéticos em outro mais forte que ele: esgotar-se-ia com pouco proveito. Além disso, acresça-se o valor das emoções entre doador e paciente (principalmente neste último), no sentido da boa recepção magnética. Outra observação: os passes magnéticos devem ser dados na proximidade (por vezes até tocando-se o ponto enfermo), em vista da 2ª lei. Note-se, porém, que tudo isso vale para passes magnéticos, pois os passes espirituais caem sob outras leis.

B) Obsessões: O obsessor, ciente ou inconscientemente, se liga ao obsidiado através do “ponto magnético” que lhe ofereça campo de atração. Esse ponto é do pólo negativo (passivo) na vítima, para que ele utilize seu próprio pólo positivo (ativo). Ora, os pontos magnéticos negativos no encarnado são exatamente os órgãos enfermos, deficientes, ou, pelo menos, fracos.

Nesse ponto dá-se a atração, ligando magneticamente os dois. Assim, por exemplo, uma criatura que sofra de deficiência ovariana é facilmente influenciável nesse ponto, sendo levada à esquizofrenia. Se a debilidade é hepática, por esse órgão se estabelece a ligação, sendo o indivíduo arrastado à irritabilidade.

E tanto maior intensidade na obsessão haverá, quanto nuns diferença houver entre as forças dos dois e quanto maior for a proximidade entre ambos.

Deduzimos, então, que a obsessão não é obra, em geral, de sintonia vibratória, podendo até não haver sintonia nenhuma entre os dois, o que serve de consolo a muitos... Muito ajudam, ainda, as emoções do obsessor e do obsidiado.

C) “Incorporações”: Nas comunicações, vimos que as telepáticas obedecem às leis da sintonia vibratória; mas as realizadas por ligações fluídicas podem efetuar-se por simples atração magnética. Aí temos dois casos:

a) o desencarnado é mais forte e positivo e se liga ao encarnado por um ponto negativo deste (é o caso anterior da obsessão);

b) o desencarnado é mais fraco (enfermo, sofredor etc.) e a ligação é feita do encarnado (positivo) para o desencarnado, ligando-se exatamente no ponto magnético mais fraco do desencarnado: o órgão enfermo.

Essa a razão por que os médiuns, quando “incorporam”, sentem nos próprios órgãos as mesmas sensações desagradáveis ou dores lancinantes que o desencarnado está sentindo: a ligação foi feita entre o órgão sadio do aparelho (pólo positivo) e o órgão enfermo do comunicante (pólo negativo).

A 2ª lei também é perceptível: se o desencarnado está próximo do aparelho as sensações são integrais (caso do “encosto”) porque a intensidade magnética é máxima. Se a ligação é feita à distância, as sensações são mais enfraquecidas.

Em muitos casos é tão violento o acesso de dor do desencarnado e tal seu desespero, que uma aproximação desequilibraria o aparelho. Neste caso, os trabalhadores do astral providenciam a ligação à distância, deixando o espírito onde está (zona trevosa, subterrânea, subaquática etc.). Por não saírem do “inferno” onde se encontram, os espíritos não veem o ambiente, e continuam queixando-se de que estão em trevas.

O choque vibratório continua existindo, mas muito mais fraco e suportável. O médium, pela ligação, envia fluidos magnéticos positivos ao sofredor, aliviando-o aos poucos, até que ele tenha capacidade para aproximar-se, “incorporando”, a fim de alcançar melhor medicação.

Do livro “Técnica da Mediunidade” - Carlos Torres Pastorino

Estudando o Magnetismo – Parte 3/6


Polos Magnéticos

As propriedades magnéticas não se manifestam em toda a extensão do ímã, mas apenas nas extremidades, chamadas “pólos”. Quando se trata de uma barra, por exemplo, aparece o magnetismo nas pontas; entre os dois pólos há uma região que não apresenta propriedades magnéticas, sendo por isso denominada neutra.

Assim também no corpo humano, as partes que revelam maior magnetismo são as extremidades, sobretudo as dos membros superiores, tendo-se estabelecido experimentalmente que o lado direito tem magnetismo positivo (doação) e o lado esquerdo magnetismo negativo (absorção), porque atrai, coisas negativas, e por isso os romanos o chamavam “sinistro”.

Daí o aperto de mão ser feito sempre com a direita, pois a esquerda absorveria os fluidos pesados da outra pessoa. Também o “sinal da cruz” na própria criatura e a “bênção” dada pelos sacerdotes (passes em forma de cruz) são realizados com a mão direita. Os “passes magnéticos” de doação realizam-se com a mesma mão.

Assim também, quando queremos homenagear uma pessoa, “dando-lhe” amor ou carinho, nós a colocamos a nosso lado direito, para que o lado esquerdo dela “absorva” nossas boas vibrações. No entanto, quando desejamos “captar” o amor de alguém, nós a colocamos à nossa esquerda (nas conversas amorosas, no leito, etc.), para que possamos absorver melhor suas vibrações de carinho. Nos canhotos, porém, o magnetismo é inverso: positivo à esquerda, negativo à direita.

Quando desejamos lançar fluidos, é através das mãos que a fazemos, saindo eles pelas pontas dos dedos.







Atração e Repulsão

Se suspendermos dois ímãs por seus centros de gravidade, e aproximarmos um do outro, verificaremos que os pólos do mesmo nome se repelem, e os de nomes contrários se atraem. Daí concluímos que o pólo norte geográfico da Terra é um sul-magnético (já que atrai o polo norte do ímã), e vice-versa.

Compreendemos, então, por que, nas correntes mediúnicas, os componentes se dão as mãos segurando com a direita a esquerda do que lhe está ao lado. Também por isso observamos que, por magnetismo natural, as pessoas se atraem quando possuem temperamentos opostos: violentos atraem dóceis, orgulhosos atraem humildes etc. (donde o ditado popular: “duro com duro não faz bom muro”).

Na mediunidade pode aparecer uma objeção: o médium dócil recebe espíritos dóceis, havendo de modo geral consonância de temperamento entre os médiuns e seus “guias”. Entretanto, aí não se trata de magnetismo, mas de sintonia vibratória.

Observamos, todavia, um fenômeno interessante: em certos casos, existe uma impossibilidade absoluta de certos espíritos incorporarem em certos médiuns. E isso ocorre sem que haja nenhuma dissintonia, pois muitas vezes o espírito gosta imensamente da criatura e vice-versa, mas não pode incorporar-se. Supomos que o impedimento consista numa repulsão magnética entre ambos. Aguardamos, porém, melhores esclarecimentos de quem seja mais capaz.

Podemos, então, estabelecer um princípio: as comunicações telepáticas, através da pineal-pituitária, se fazem por “sintonia vibratória”; e as fluídicas (ligações por fio) se realizam através dos chakras-plexos, por magnetismo positivo-negativo. Em nossa hipótese, pois, o magnetismo poderá influir na “incorporação”, na ligação fluídica, mas não na inspiração ou intuição, já que esta se realiza por simples recepção de ondas vibratórias.


Do livro “Técnica da Mediunidade” - Carlos Torres Pastorino


Estudando o Magnetismo – Parte 2/6


Processos de Imantação

Uma barra de ferro pode ser imantada por três processos principais:

a) Por indução magnética, que é realizado mantendo-se a barra de ferro próxima a um ímã; 
 
b) Por atrito, quando uma barra de ferro neutra é atritada com um ímã, sendo indispensável que sejam atritados sempre no mesmo sentido, porque o atrito num sentido desfaz a imantação obtida no outro; 
 
c) Por corrente elétrica, quando se enrola em torno da barra de ferro um fio percorrido por corrente elétrica. Esse processo faz o que chamamos “eletro ímã”.

O Magnetismo na Mediunidade

Assim como uma barra de ferro se imanta quando na proximidade de um ímã, assim também pode uma criatura conseguir comunicações mediúnicas quando ao lado de um médium, embora seja insensível quando a sós. Esse fenômeno é obtido, porque a radiação do médium sensibiliza a aura do sujet, tornando-o apto a captar mensagens. Por isso observamos que certas pessoas só recebem quando ao lado de um médium. Mais comum é a necessidade da presença de um médium para INICIAR o trabalho mediúnico de uma pessoa; feito o desenvolvimento, poderá passar a receber sozinha. Não é falha pessoal: é que as radiações do médium lhe servem de agente catalítico para “abrir” a mediunidade.

Da mesma forma que a barra de ferro neutra se imanta ao ser atritada, assim a criatura pode ser predisposta a receber comunicações, ou a “abrir” a mediunidade, se lhe forem aplicados passes magnéticos por um médium. Pensam alguns que o passe no aparelho novo serve para fazer receber espíritos, e movimentam as mãos como se empurrassem alguém. Mas os passes não têm essa finalidade. Devem ser dados de cima para baixo (“sempre no mesmo sentido”) para que o efeito não seja anulado. Algumas entidades preferem que não sejam aplicados passes, antes da incorporação, alegando que isso pode influir no animismo. Assim fazendo, porém, o desenvolvimento é muito mais demorado e talvez não se realize. Ao aplicar os passes, o passista magnetiza ou imanta o aparelho, fazendo sensibilizar-se a glândula pineal (passes na cabeça) para comunicações telepáticas, ou os chakras (passes ao longo da espinha dorsal) para as ligações fluídicas.

Há pessoas, também, que só se tornam médiuns, ou seja, só ficam capacitados para receber, quando envolvidos pela corrente da mesa mediúnica, nada conseguindo quando estão a sós. A corrente da mesa mediúnica aumenta a sensibilidade da pineal e dos chakras (a bateria tem mais força que os acumuladores isolados). Nesses casos, o aparelho aumenta sua sensibilidade e se imanta, tornando-se apto a receber as comunicações.


(Do livro “Técnica da Mediunidade” - Carlos Torres Pastorino)

Estudando o Magnetismo – Parte 1/6


Amigos, hoje iniciamos uma serie de 6 posts com um estudo sobre o magnetismo. Os textos foram retirados do livro “Técnica da Mediunidade”, de Carlos Torres Pastorino. Esperamos que seja útil a todos! Estejam à vontade para comentar!

OBS.: O livro do qual retiramos o estudo não é mais publicado, estando disponível para download no site 'Autores Espíritas Clássicos'. Para acessar: CLIQUE AQUI.


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Magneto


Muito antiga, na humanidade, a observação de que havia corpos com a propriedade de atrair outros. Na velha Ásia, muito antes de Cristo, foi encontrado na região de Magnésia um mineral que atraía o ferro. E por isso foi ele denominado “magneto”, donde deriva a palavra “magnetismo”. Analisado recentemente, foi classificado como “tetróxido de triferro (Fe304), ao qual hoje se denomina “magnetita”, chamando-se ímãs ao magneto. Todos conhecemos essa capacidade do ímã de atrair limalha de ferro, e os são muito empregados em numerosos campos de atividade.


Magnetismo Humano


Interessante recordar que essa capacidade de “atração” é também observada no corpo humano, e por associação, a ela se chamou “magnetismo animal”.


O magnetismo mineral tem sido bastante explorado pela física; muito menos estudado e observado, o magnetismo animal, apesar dos trabalhos iniciais e clássicos de Mesmer, Chardel, Puységur, Du Potet, Bué, L. A. Cahagnet e tantos outros, que citam fatos e aventam hipóteses, mas cientificamente não chegam a uma conclusão exata e irretorquível.


Em vista disso, passaremos em revista rapidamente alguns “fatos” do magnetismo mineral, comparando-os com o magnetismo humano (animal), a que muitos atribuem os nomes de faculdade ou capacidade mediúnica. Serão simples sugestões que poderão despertar interesse em alguns leitores.


A propriedade do tetróxido de triferro é “atrair” o ferro. Assim, no corpo humano há partes definidas que também parecem “atrair” certas ondas vibratórias, que a criatura fica apta a sentir e descrever.


Grifamos o termo “atrair”, porque não acreditamos existir aí realmente uma “atração”; cremos que uma irradiação é “recebida” e “registrada”, da mesma forma que os olhos não atraem as vibrações luminosas, nem os ouvidos atraem as ondas sonoras: simplesmente recebem-nas e as registram. Mas ocorre que, quando o objeto que irradia tem o seu “peso-massa” menor que o “peso-força” da sua radiação, não são apenas os fluidos da radiação que caminham, mas consigo eles arrastam em direção do receptor o próprio corpo radiante.


Dá-nos isso a impressão de que existe uma “atração”. Deixamos aos entendidos a solução desse novo ponto-de-vista.


Admitimos, então, que há corpos capazes de receber as vibrações de outros corpos, tal como o tetróxido de triferro recebe as vibrações do ferro, trazendo-os mesmo a si quando o peso-força da radiação é maior que o peso-massa do corpo. Assim verificamos com a ebonite, que recebe vibrações de cabelos, papel etc., trazendo-os a si, quando leves.


Ora, o mesmo ocorre com o corpo humano, sobretudo com certos órgãos. Por exemplo, as glândulas pineal e pituitária (epífise e hipófise), que têm a capacidade de receber as ondas-pensamento da própria mente e de outras mentes, encarnadas ou desencarnadas. Aceitamos a teoria de que a glândula pineal serve “sempre” de intermediária entre o espírito da criatura e o cérebro. Toda e qualquer ideia ou pensamento do espírito é transmitido vibracionalmente e recebido pela pineal, e através dela é comunicado aos neurônios cerebrais que então a transmitem ao resto do corpo, agindo sobre os centros da fala, dos braços, pernas etc. Inversamente, tudo o que fere os nervos ópticos, auditivos, olfativos, gustativos, tácteis etc., é levado aos neurônios, que o fazem chegar à pineal e daí então é transmitido por meio de ondas-pensamento ao espírito. Outro ponto para ser pesquisado pelos entendidos.


Assim como recebe os pensamentos do próprio espírito, pode também receber os de outros espíritos, quer na matéria (telepatia), quer desencarnados (mediunismo). Entretanto, alem desse tipo de mediunismo, que chamaríamos “magnético”, temos outro tipo de mediunismo, realizado por fio fluídico, ligado diretamente aos chakras, e destes passando aos plexos nervosos que são feixes e entrosamentos de nervos. Ou seja, os chakras representam em relação aos plexos, o mesmo papel que a pineal em relação ao cérebro. Lembremo-nos de que o plexo mais importante do tronco, plexo “solar”, é também denominado “cérebro abdominal”.


Do mesmo modo que os nervos constituem os condutores fluídicos das vibrações sensoriais no corpo físico, assim há cordões fluídicos de matéria astral, de que nossa ciência terrena “oficial”, ainda nem sequer apurou a existência, embora citados em literaturas antiquíssimas e bem conhecidas no ocidente (Eclesiastes 12:6). Nada existe, porém, a esse respeito nos tratados científicos.


CONTINUA...

O Magnetismo nas Crianças



Nas crianças, em quem o movimento natural não é ainda contrariado pelos maus hábitos de uma vida mal regulada, a ação magnética é mais notável, mais pronta e salutar que entre as pessoas adultas; e o mesmo se dá com os animais. As crianças e os animais são geralmente muito sensíveis ao magnetismo, e obtém-se sobre eles curas muito rápidas.

Trouxeram-me um dia uma criança de três ou quatro anos, cujo estado doentio inquietava muito os pais; era o filho do professor de música de meu filho. Estava pálido, triste, já havia muitos dias que não digeria nada, seu olhar era fixo e sem expressão, e uma grande rigidez da coluna vertebral dava-lhe uma contratura dos rins, do pescoço e da cabeça, impedindo-o de equilibrar-se nas pernas e de dar um passo. Tomei a criança em meus joelhos, fiz-lhe imposições e passes, insuflações quentes nas costas e na nuca e, em alguns minutos, um quarto de hora apenas, sob esta ação vivificante a criança pareceu renascer, os olhos recuperaram a sua animação habitual, os músculos distenderam-se, moveu a cabeça, e quando a pus de pé, começou a caminhar pelo quarto para receber um doce que se lhe mostrava à distância. Esses poucos minutos de magnetização bastaram para dominar um estado mórbido inquietador, que já durava há muitos dias e que cessou como por encanto; porque, desde essa noite, o apetite, a alegria, o funcionamento regular do organismo recomeçaram como se a criança nunca tivesse estado doente.

Este é um exemplo entre mil; mas não há uma enfermidade da infância, febre, diarréia, constipação, vômitos, convulsões, moléstias eruptivas, tosse, coqueluche, que não possa ser imediatamente sustada por uma ou duas magnetizações feitas em tempo oportuno, antes que essas lutas ou esses desvios de crescimento não tenham tido tempo de tomar uma feição séria.

Combati deste modo a pé firme todos os males aos quais meu filho, como toda a criança, teve de pagar seu tributo, e evitei assim toda a complicação, travando-os em seu desenvolvimento.

Deleuze, Aubin Gauthier, o Dr. russo Brosse, e o Dr. bavaro Muck, citam grande número de casos deste gênero, cuja relação se encontra nos “Annales Magnétiques”; e mais recentemente, numa brochura de que se falou muito, o Dr. Liébault, de Nancy, relatou grande cópia de experiências feitas por ele sobre crianças com menos de dois anos, experiências concludentes, que não só dão um exemplo admirável da ação puramente física do magnetismo e de sua grande eficácia nas moléstias da infância, como também provam a prontidão com que esta ação se exerce sobre as crianças de tenra idade.

Por: Alphonse Bué
Do livro: Magnetismo Curador

O Magnetismo na Vida Humana






No processo da encarnação, ou reencarnação, a mente espiritual, envolta no seu soma perispirítico reduzido, i.e., miniaturizado, atrai magneticamente as substâncias celulares do ovo materno, ao qual se ajusta desde a sua formação, revestindo-se com ele para, de imediato, começar a imprimir-lhe as suas próprias características individuais, que vão sendo absorvidas pelo novo organismo carnal, à medida que este se desenvolve e se desdobra segundo as leis genésicas naturais.


Intimamente ligada, desse modo, a cada célula física, que se forma segundo o molde da célula perispiritual preexistente a que se acopla, a mente espiritual assume, de maneira mais ou menos consciente, em cada caso, mas sempre rigorosamente efetiva, o comando da nova personalidade humana, que assim se constitui de: espírito, perispírito, corpo material.


Importa aqui considerar que as características modulares que a mente imprime às células físicas que se formam são por ela transmitidas e fixadas através de uma força determinada, que é a energia mental, veiculada pelas ondas eletromagnéticas do pensamento.


Quando o molde perispirítico preexiste exteriorizado, as vibrações mentais, atingindo-o em primeiro lugar, encontram maiores recursos para a ele ajustarem as novas células físicas.


Noutros casos, as vibrações mentais, atuando sobre moldes perispiríticos amorfoidizados por ovoidização, valem-se do processo fisiológico natural de desenvolvimento genético para reconstituir a tessitura da organização perispiritual, ao mesmo tempo que imprimem às novas células deste, e às do soma físico, as características de sua individualidade.


Assim, as ondas eletromagnéticas do pensamento, carregadas das ídeo-emoções do Espírito, constituem o que se denomina fluido magnético, que é plasma fluídico vivo, de elevado poder de ação.


Daí em diante, e pela vida toda, refletem-se na mente espiritual todos os fenômenos da experiência humana do ser, cuja quimiossíntese final nela também se realiza. Justo é que nela se reflitam e se imprimam tais resultados, por ser ela mesmo quem comanda o ser, ou, melhor dizendo, por ser ela o próprio ser, que do mais se vale como de instrumentos indispensáveis à sua ação e manifestação, porém não mais do que instrumentos.


É das vibrações da mente espiritual que dependem a harmonia ou a desarmonia orgânicas da personalidade e, portanto, a saúde ou a doença do perispírito e do corpo material.


De acordo com o princípio da repercussão, as células corporais respondem automaticamente às induções hipnóticas espontâneas que lhes são desfechadas pela mente, revigorando-se com elas ou sofrendo-lhes a agressão. Raios mentais desagregadores, de culpabilidade ou remorso, formam zonas mórbidas no cosmo orgânico, impondo distonia às células, que adoecem, provocando a eclosão de males que podem ir desde a toxiquemia até o câncer.


Tanto ou mais do que os prejuízos causados pelos excessos e acidentes físicos, muitas vezes de caráter transitório, as ondas mentais tumultuárias, se insistentemente repetidas, podem provocar lesões de longo curso, a repercutirem, no tempo, até por várias reencarnações recuperadoras.


Além disso, na recapitulação natural e inderrogável das experiências do Espírito, quando se trata de ônus cármicos em aberto, eclodem, com freqüência, em determinadas faixas de idade, e em certas circunstâncias engendradas pelos mecanismos da expiação, forças desarmônicas que afligem a mente, desafiando-lhe a capacidade de autocontrole e auto-superação, sob pena de engolfar-se ela em caos de intensidade e duração imprevisíveis.


Não podemos, tampouco, esquecer os problemas de sintonia, decorrentes da lei universal das afinidades, que obriga os semelhantes a conviverem uns com os outros e a se influenciarem mutuamente. Como a onda mental opera em regime de circuito, incorpora inelutavelmente todos os princípios ativos que absorve, sejam de que natureza forem. Assim, tanto acontecem, entre as almas, maravilhosas fecundações de ideais e sentimentos nobres, como terríveis contágios mentais, algumas vezes até de natureza epidêmica, responsáveis por graves manifestações da patologia mento-física.


Tudo depende, por conseguinte, do modo como cada Espírito se conduz, no uso do fluido magnético que maneja. Com ele, pode-se ferir e prejudicar os outros, criar distúrbios e zonas de necrose, soezes encantamentos e fascinações escravizantes. Mas pode também: manipular medicações balsâmicas, produzir prodígios de amor fecundo e estabelecer, através da prece e do trabalho benemerente, uma sublime ligação com o Céu.




Magnetismo e Hipnotismo


Histórico
No tempo de Ísis (Egito), os sacerdotes caldeus utilizavam os passes para o restabelecimento da saúde humana. No século XV muito se falava na simpatia magnética, designando um sistema análogo nas suas bases essenciais, ao que tinha sido formulado por Paracelso. No século XVII Van Helmont, muito citado na Alta Magia, afirmava ter obtido curas valiosas com a aplicação do ímã e de placas metálicas nos corpos de doentes. Um contemporâneo dele, o jesuíta Hell, que também era físico de renome, obteve efeitos interessantes com a aplicação do ímã não só nos homens, mas também nos animais.
Até por volta do início do século XIX, a medicina era algo totalmente diferente do que conhecemos na atualidade e não havia uma nítida separação entre o médico, o curandeiro e o charlatão. Tal fato fez com que padres e até Reis do século XVI se auto-intitulassem “homens de cura”. A iniciativa dos padres era bem óbvia, uma vez que naquele tempo o conhecimento estava centrado na mão da Igreja Católica. Eram pouquíssimas as pessoas que sabiam ler e os livros, além de raríssimos, eram guardados nos monastérios. Os reis, por sua vez, eram privilegiados, pois detinham o poder financeiro e bélico e tinham acesso à educação e ao conhecimento de livros e tratados antigos que falavam, entre outras coisas, sobre como curar as doenças.
Atribuía-se uma verdadeira revolução na medicina do século XV às obras de Paracelso (1493-1541). Sua teoria magnética, ou Sistema da Simpatia Magnética, defendia que os ímãs, assim como eram capazes de atrair o ferro, também poderiam atrair certas enfermidades e doenças (Prado, 1967). Durantes alguns séculos a aplicação de ímãs no corpo para curar enfermidades foi um dos tratamentos de saúdes mais populares que existiam. E o mais interessante ainda era que não faltavam relatos de cura de doenças, e melhoria dos sintomas após a aplicação da terapia magnética. Alguns padres jesuítas passaram a usar o “poder do ímã” até para realizar exorcismos.
O ímã cura os fluxos dos olhos, dos ouvidos, do nariz e das articulações externas; por este mesmo método se curam as úlceras, as fístulas, o câncer e os fluxos menstruais. Também contribui para resolver as fraturas e cura a icterícia e a hidropsia, segundo a prática me tem demonstrado com frequência. - Relato de curandeiros do Séc. XVI.
Foi a partir da posterior constatação, em 1786, de que os ímãs não possuíam qualquer propriedade curativa, que se abriu o caminho para uma nova explicação do porquê de algumas pessoas se diziam curadas. Como resposta, os cientistas descobriram que a sugestão e a imaginação poderiam ser os responsáveis pelas curas. Ou seja, a “mente”, que por muitos anos fora deixada de lado pelos médicos naturalistas, que preferiam buscar explicação na anatomia e na fisiologia, passou a ser a principal suspeita de ser a responsável pelas curas.
Foi, contudo, Franz Anton Mesmer, médico, quem estudou os mistérios científicos até então cuidadosamente guardados em segredo pelos seus predecessores com sendo coisa de magia. Admitia Mesmer que, assim como o ímã, as mãos e os olhos de alguns indivíduos podiam irradiar um fluido especial proveniente do próprio organismo, com influência nos indivíduos e nos próprios animais. As teorias mesmerianas foram combatidas em Viena, motivo por que Mesmer tranferiu residência para Paris em 1778. Em 1779 ele publica a obra Magnetismo Animal, em que expõe a tese defendida até então, ou seja, a existência de um fluido que interpenetrava tudo e que dava às pessoas, propriedades análogas àquelas do ímã. Teve boa aceitação, mas depois caiu em descrédito.
Em 1784, o Marquês de Puységur, discípulo de Mesmer, descobrira Sonambulismo Artificial e em 1787 Pététin descobria a Catalepsia Artificial. Em 1841, Braid descobre o hipnotismo. Charcot o estuda metodicamente, Liebault o aplica à clínica e Freud o utiliza ao criar a Psicanálise.
O Magnetismo
Em Física: Fluido emanado do ferro magnético e dos ímãs, que tem a propriedade de atrair outros metais e de orientar a agulha magnética em direção Norte-Sul.
Teoria do Magnetismo Animal: Existe no indivíduo uma força latente que pode ser emitida mediante a ação da vontade. Esta força apresenta analogia com a eletricidade e o magnetismo mineral e existe em todos os seres vivos no estado estático e no estado dinâmico, circulando ao longo das fibras nervosas e irradiando para o exterior pelos olhos, pelas pontas dos dedos e pela boca, com maior ou menor intensidade da vontade.
Segundo Michaelus, o mesmerismo foi o arauto do magnetismo para a sociedade com suas vinte e sete proposições em “Memóire sur la découvet du magnétisme animal, destacando-se: “essas propriedades podem ser transmitidas a outros corpos animados ou inanimados; a moléstia é apenas resultante da falta ou do desequilíbrio na distribuição do magnetismo pelo corpo; e Rouxel em “Rapports du magnétisme et du Spiritismeafirmou ser o magnetismo uma transfusão de vida espiritualizada do organismo do operador para o paciente.
O Hipnotismo
Deriva de Hipnose, palavra introduzida por James Braid em 1843. Provém da palavra grega hypnos, que na mitologia helênica significa Deus do sono, chamado Sommus pelos romanos. O termo não é feliz, uma vez que dá a errônea impressão de ser a hipnose igual ao sono. Hypnos quer dizer sono, mas os estados hipnóticos não são obrigatoriamente tranquilos e semelhantes ao sono. Braid, após propor o termo hipnose, observou que a mesma distinguia-se de um estado de sono, porém o termo já havia se consagrado. O hipnotismo são os vários processos, pelos quais uma pessoa dotada de grande força de vontade exerce sua influência sobre outras pessoas de ânimo mais débil, numa espécie de êxtase (ou transe).
Nasceu com Braid o primeiro esboço da neurofisiologia da hipnose. Na realidade, há indícios do uso da hipnose desde tempos muito remotos, onde eram utilizadas induções hipnóticas nas várias civilizações, encontrando-se a mesma fenomenologia em muitas partes do mundo. Os hebreus, os astecas, os índios americanos chippewas e os araucanos do sul do Chile sabiam induzir o “sono mágico” e outras formas de transes grupais e individuais. Podiam produzir analgesia, gravar sugestões pós-hipnóticas e curar dores físicas ou psicossomáticas. Chiron induzia o estado de transe em seu grande discípulo Esculápio. O “sono mágico” era usado tanto nos Templos do Sono egípcios, como individualmente por sibilas e oráculos. Andrade Faria, relata que num baixo relevo encontrado num sarcófago de Tebas, nota-se um sacerdote em pleno ato de indução hipnótica de um paciente. Os egípcios, os caldeus e os hindus realizavam induções através de rituais mágico-religiosos há milênios.
A Era Científica da hipnose começou com o alemão Franz Friedrich Anton Mesmer, que em 1775, diplomou-se em medicina onde apresentou sua tese de formatura “De planetarium influxu, inspirada em idéias filosóficas e teosóficas do século XVI e XVII, como por exemplo as de Paracelso. Defendia em sua tese que corpos celestes influenciavam na cura de doenças. Existiria um fluido ou energia universal interligando os corpos e os astros, sendo captado e emitido pelo ferro magnético. Aos poucos, Mesmer percebe que o ferro imantado não é necessário, pois parecia que ele mesmo podia emitir essa força magnética curadora recebida dos astros, a qual então ele passa a chamar de “magnetismo humano”, que podia ser transmitido em cadeia para outras pessoas. O sensacionalismo e as perseguições, não permitiram a Mesmer introduzir suas descobertas nas universidades. Mudou-se para Paris onde todavia se repetem os sucessos espetaculares e o insucesso científico. A repercussão das curas alcançada por Mesmer, leva o Rei da França, Luís XVI, a nomear uma comissão da Sociedade Real de Medicina e outra da Academia de Ciências para analisar métodos tão pouco ortodoxos. Foram convidados os maiores expoentes da cultura científica francesa, entre os quais Lavoisier, Benjamin Franklin, Jussieu e Guillotin. Apenas Jussieu não considera as curas maravilhosas como resultados da sugestão.
Podemos afirmar que a hipnose pode ser vista como “antes de Mesmer” e “depois de Mesmer”, embora o termo hipnose só tenha surgido com James Braid.

James Braid, com bases no mesmerismo, apresentando um quadro fisiológico, apresentou o hipnotismo moderno, definindo-o como: “o estado particular do sistema nervoso, determinado por manobras artificiais, tendendo, pela paralisia dos centros nervosos a destruir o equilíbrio nervoso, entretanto, Charles Richet, ao descrever o seu método, afirmou: “o hipnotismo tratava-se de projetar o fluido magnético no corpo do paciente.

O Hipnotismo moderno admite que o paciente fica hipnotizado por auto-sugestão e concentração mental, não havendo fluido algum. Os cientistas não aceitaram o termo magnetismo; preferiram o hipnotismo. Apenas o hipnotismo é aceito pela ciência. Ficou assim prestigiado o hipnotismo através dos tempos pela ciência oficial e relegado o magnetismo com os seus passes as suas imposições e os seus fluidos para o monturo das teorias condenadas como obra do charlatanismo. (Michaelus, in Magnetismo Espiritual, Ed. FEB, 1967).

Fontes:

* * *
Há quem diga que o ato de hipnotizar se filia à ciência de atuar sobre o espírito alheio, e, para que a impressão provocada, nesse sentido, se faça duradoura e profunda é imperioso se não desenvolva maior intimidade entre o magnetizador e a pessoa que lhe serve de instrumento, porquanto a faculdade de hipnotizar, para persistir em alguém, reclama dos outros obediência e respeito.

Exteriorizando-se em mais rigoroso regime de ação e reação sobre si mesma, a corrente mental dos assistentes capazes de entrar em sintonia com o toque de indução do hipnotizador passa a absorver-lhe os agentes mentais, predispondo-se a executar-lhe as ordens.

Semelhantes pessoas não precisarão estar absolutamente coladas à região espacial em que se encontra a vontade que as magnetiza. Podem estar até mesmo muito distanciadas, sofrendo-lhe a influência através do rádio, de gravações e da televisão.

Desde que se rendam, profundamente, à sugestão inicial recebida, começam a emitir certo tipo de onda mental com todas as potencialidades criadoras da ideação comum, e ficam habilitadas a plasmar as formas-pensamentos que lhes sejam sugeridas, formas essas que, estruturadas pelos movimentos de ação dos princípios mentais exteriorizados, reagem sobre elas próprias, determinando os efeitos ou alucinações que lhes imprima a vontade a que se submetem.”
Do livro 'Mecanismos da Mediunidade'
Pelo espírito André Luiz
Psicografia Francisco Cândido Xavier

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