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– Existe uma ação espiritual no passe? Os Espíritos auxiliam de alguma forma essa transfusão, essa transmissão de energia?
Carlos Augusto – Com certeza! Existe uma diferença entre o magnetizador comum (como se concebe normalmente, que usa apenas a sua própria técnica pessoal e as suas energias físicas) e o do passe onde, diferentemente, além das energias do médium passista, existem as energias dos benfeitores espirituais que estão ali assessorando o processo. E nós também sabemos que eles retiram da natureza próxima as substâncias medicamentosas de que se valem para ministrar o passe com mais eficiência ainda, como já é do conhecimento, tal como consta na literatura espírita.
– Quer dizer que o passe tem um efeito terapêutico e pode ter mesmo um efeito de cura em alguns casos?
Carlos Augusto – Naturalmente ele é dado como um bem. Ele funciona como elemento de pacificação da alma, de tranqüilização nervosa, mas ele tem o poder de curar, ele pode ir mais à frente, dependendo, obviamente, dos méritos da pessoa que busca a intimidade de uma cabine para receber os passes.
– Por que as religiões mais tradicionais não utilizavam o passe?
Carlos Augusto – Na verdade, as religiões tradicionais se utilizavam do passe também, mas sob outros nomes e através de outras formas. A gente vê o Johrei na Seicho-No-Ie; os hindus energizando os corpos através do prana; na Igreja Católica, a água benta, que é um processo de fluidificação da água, que é também magnetização. Também na Igreja Católica, o padre, quando ministra o sacramento da hóstia, ele embala esta hóstia com magnetismo; o pastor, na Igreja Protestante, quando ele toca a cabeça do crente e ora, ele está, com imposição de mãos, aplicando esse passe. E essa é uma prática antiga. Nós encontramos registros lá em Números de Moisés, quando eles tratam da purificação da água através da magnetização.
– Então, há vários exemplos na literatura, em várias religiões, mas o nome não é esse; porém, o efeito prático dessa transmissão de energia seria o mesmo?
Carlos Augusto – Exatamente. Os mecanismos são os mesmos, os nomes e as formas é que se diferenciam um pouco. É como o carro. Você tem de muitas marcas, mas todos eles atingem o objetivo que é o de chegar ao destino que o motorista pretende alcançar.
– Como é que a gente poderia encarar a idéia do passe cobrado? Por que o passe, nos Centros Espíritas, é ministrado gratuitamente? Qualquer pessoa que procurar um Centro Espírita para ouvir uma palestra, ouvir os ensinamentos de Jesus, tem a possibilidade de depois, ao final da reunião, receber o passe. Existem locais que cobram por isso?
Carlos Augusto – Existem essas práticas em alguns núcleos da Europa, em especial na Inglaterra, o que eu considero um absurdo, porque o passe é uma dádiva divina, é um bem que a Espiritualidade nos concede e ele tem que ser dado essencialmente com amor... e quem ama não cobra! Quando cobram, estão violentando um princípio básico, elementar, das noções evangélicas trazidas pelo Cristo, que é o de dar de graça aquilo que de graça nós recebemos. Além do mais, levanta suspeita, porque nós nunca saberemos se a pessoa está aplicando passe para ser útil ou para auferir vantagens. Isto, então, obviamente vai deixar a pessoa debaixo de um estado de indecisão que pode prejudicar a ministração dele. E a gente entende que, acima de tudo, o passe tem que ser dado de graça, porque ele é essencialmente uma manifestação de amor.
– Que tipo de idéias, de pensamentos, uma pessoa que entra numa cabine de passe, para receber essa transmissão de energia, deve cultivar para que o passe faça, de fato, o efeito mais eficiente?
Carlos Augusto – Ela precisa positivar a mente pensando no Bem. E, ao longo da vida, também não só pensar, mas agir no Bem: um sorriso, um abraço amigo, uma manifestação afetuosa de carinho. E hoje nós vemos tanta fome no mundo. Recentemente a ONU nos falou, através de seus boletins, tão acreditados no mundo, que há cerca de 1 bilhão de pessoas que se alimentam precariamente; o Unicef, que é uma divisão da ONU, nos informa que todas as noites aproximadamente 400 milhões de crianças vão para a cama sem comer. Então, essa é uma oportunidade excepcional que só merece nossa capacidade de agir, ajudando os outros. Eu costumo dizer que quando nós nos lembramos dos outros, Deus não nos esquece.
– Então, você quer dizer que cultivar esses pensamentos e poder praticar a caridade é um caminho?
Carlos Augusto – Com certeza, um caminho eficientíssimo de obtenção de sucesso na recepção do passe!
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Para saber mais sobre Passes, visite os seguintes links:
O Passe (Parte 1)
O Passe (Parte 2)